sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DEFINIÇÃO E DADOS

AEROPORTO

Um aeroporto é uma área com a infra-estrutura e os serviços necessários para o atendimento de aterrissagens e decolagens de aviões (Ashford et al., 1996, p.7). Também pode ser referido como base aérea, quando o aeroporto está designado a servir primariamente aviões militares.

Um pequeno aeroporto é muitas vezes referido por campo de aterragem, campo de aviação (ou simplesmente campo) ou aeródromo.

Aeroportos precisam ser de fácil acesso a estradas, para o transporte de passageiros, trabalhadores e carga do aeroporto a outras cidades. Para esse fim, alguns aeroportos também possuem acesso a ferrovias (carga), metrô e ferries (passageiros). Além disso, aeroportos movimentados possuem equipas de emergência como bombeiros e pronto-socorros, para a eventualidade de um acidente; aeroportos maiores chegam a possuir hospitais completos.

Aeroportos podem ocupar grandes espaços, chegando por vezes a ocupar mais de 120 km²; um grande centro aeroportuário pode empregar directamente mais de 20 mil pessoas, movimentar centenas de aeronaves, manejar centenas de toneladas de carga aérea e várias dezenas de milhares de passageiros num único dia de operação.

ÁREAS DO AEROPORTO

• Pista de pouso e decolagem - área de manobra ou 'taxiway'
• Torre de Controle - parte do aeródromo responsável pelo controle de tráfego aéreo
• Área de estacionamento - local onde ficam estacionadas as aeronaves
• Aerogare - instalações e terminal de passageiros.

PISTAS DE ATERRISSAGEM E DECOLAGEM

Como foi dito anteriormente, um aeroporto é feito para permitir o pouso e descolagens de aeronaves. Para tal, uma parte indispensável num aeroporto são as pistas de pouso e decolagem, que precisam ser suficientemente compridas e largas para permitirem operações de pouso e decolagem dos maiores aviões usando o aeroporto. Além disso, as pistas precisam ser planas, sem ou com a mínima inclinação possível.

Em aeroportos movimentados, as pistas são feitas geralmente de asfalto ou concreto. Porém, campos de aterragem de pequeno porte em pequenas cidades e áreas isoladas, muitas vezes possuem suas pistas feitas com terra, relva ou turfa.

Para o auxílio da movimentações de aeronaves em terra (após um pouso ou antes de uma descolagem, por exemplo), existem as taxiways, pistas de auxílio que agilizam o tráfego de aeronaves no solo.

As cabeceiras das pistas dos aeroportos precisam ser livres de quaisquer obstáculos que possam atrapalhar ou pôr em risco a operação de uma dada aeronave. A recta de aproximação final de aeronaves, por isto, precisa ser livre de obstáculos.

Pistas de aterragem e descolagem devem ser construídas levando-se em conta o padrão dos ventos da região: os ventos precisam ser paralelos à pista em pelo menos 95% do tempo, para a segurança de uma operação de pouso ou descolagem, onde ventos laterais nunca são bem-vindos; quando acontecem, criam turbulência na aeronave, aumentando muito as probabilidades de um acidente. Quando uma dada região não possui constantes ventos paralelos à pista de pouso, a construção de uma nova pista, em um ângulo perpendicular à primeira, é aconselhada.

Vista de satélite do Aeroporto de Las Vegas. Note que são três as pistas de aterragem e decolagem
CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO

Em aeroportos, as torres de controle organizam o movimento de aeronaves no solo e no espaço aéreo quando estas se aproximam do aeroporto e autorizam operações de aterragem e descolagem. Torres de controle situam-se em uma localização do aeroporto que permita ampla visão do aeroporto como um todo, bem como ampla visão das aeronaves que se aproximam do aeroporto numa operação de pouso. Numa emergência, ordenam que equipes de emergência do aeroporto estejam prontas para a situação. Porém, é necessário observar que vários aeródromos de pequena dimensão e campos de aterrizagem, bem como alguns aeroportos de médio porte, não possuem torre de controle ou controle de tráfego aéreo.

Torre de Controle do Aeroporto de Brisol (Inglaterra)

GRANDES AEROPORTOS DE USO CIVIL (passageiros e/ou carga)

Aeroportos de uso civil são designados para o atendimento de passageiros que usam o avião como meio de transporte, para carga e correio aéreo. A maioria dos aeroportos operam os três, mas muitos atendem principalmente ou passageiros ou carga/correio, dado certas circunstâncias:

• Localização (incluindo a presença de outros aeroportos na região)
• Serviços oferecidos: Tamanho e qualidade da pista de pouso/descolagem, qualidade dos terminais de passageiros e/ou carga, etc)
• Fatores económicos: taxa cobrada pela companhia aeroportuária a pousos e estacionamento de aeronaves no aeroporto, por exemplo.

O tamanho de um aeroporto e a variedade de serviços por ele oferecidos depende primariamente da quantidade de vôos atendidos pelo aeroporto e o movimento de tráfego aéreo, que inclui o movimento de passageiros, carga e correio aéreo. Naturalmente, aeroportos que movimentam uma grande quantidade de passageiros, com um alto movimento de aeronaves, tendem a ocupar uma maior superfície.

TERMINAIS DE PASSAGEIROS

Centros aeroportuários de grande ou médio porte são bem equipados para o atendimento de aeronaves de porte, bem como para o tráfego movimentado de passageiros pelo aeroporto. Em tais aeroportos, há áreas destinadas ao check-in, terminais separados para embarque (onde o passageiro espera o seu vôo) e desembarque (esteiras de restituição de bagagem, por exemplo), comerciais (lojas, bancos, casas de câmbio, etc), e estacionamento de carros. Muitos aeroportos possuem máquinas de raios-X, para a detecção de materiais perigosos na bagagem de passageiros.

Aeroportos internacionais (destinados ao atendimento de vôos procedentes ou com destino a outros países) possuem também uma alfândega, onde passageiros que saem ou entram do país são controlados pelos serviços aduaneiros. Grandes hubs aéreos oferecem ao passageiro uma grande variedade de serviços, como salas VIP, um centro comercial de grande porte, playgrounds e outros meios de recreação infantil, lugar de culto religioso, museu, restaurantes, lanchonetes, etc.

Grandes terminais aeroportuários precisam ser planejados e construídos de forma a poder cobrir o maior número de passageiros possível, na mesma medida em que o espaço destinado ao estacionamento das aeronaves é maximizada.

Quando os terminais de passageiros estão afastados uns dos outros e/ou distantes do terminal principal, linhas de ónibus, trens especiais e esteiras rolantes conectam um terminal ao outro, de modo a facilitar o movimento de passageiros e funcionários entre todos os terminais.

TRÂNSITO

Os aviões não são os únicos meios de transporte presentes numa área aeroportuária: uma variedade de veículos diferentes actuam dentro do aeroporto, com uma gama variada de serviços, como o transporte de passageiros, transporte de carga, bagagem, comida e limpeza das aeronaves, guia de ré em aeronaves e escadas móveis.

Veículos aeroportuários deslocam-se no aeroporto através de faixas a eles destinadas. Outras faixas existem, dedicadas à orientação das aeronaves, no pátio de estacionamento e nas taxiways.

MANUTENÇÃO DOS AVIÕES

A manutenção de aviões que operam em um aeroporto é geralmente fornecida pela maior linha aérea em operação no aeroporto ou por companhias especializadas, no caso de aviões de passageiros. Cabe ressaltar que embora muitos aeroportos possuam serviços básicos de manutenção, apenas parte deles oferecem serviços mais especializados e complexos.

Durante o período em que a aeronave fica estacionada em solo, um check-up é realizado nas aeronaves, em busca de falhas.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nossos aeroportos estão preparados para o futuro? E para o presente?







Ao vermos o caos aéreo na TV, ou ao vivenciarmos a experiência de esperar seis, oito ou até dias por um vôo no saguão do aeroporto é inevitável nos questionarmos: estamos bem resolvidos no quesito aeroportuário? E mais, estamos preparados para o futuro? Apesar de muitos especialistas defenderem que os aeroportos estão longe de uma crise similar à vivida no controle do espaço aéreo brasileiro, notícias boas também são raridade por aqui. Embora a Infraero, desde 2003, venha fazendo investimentos pesados nos aeroportos brasileiros, as críticas em relação à qualidade e à segurança são severas. Novamente, o expressivo crescimento do setor - em média 16% ao ano - além do aumento da oferta de companhias aéreas, que surgiram a partir da desregulamentação do setor nos anos 90, geraram problemas na infra-estrutura dos aeroportos e na qualidade dos serviços. Além disso, o sistema adotado pelas empresas de concentrar vôos em aeroportos centrais, como São Paulo e Brasília faz com que eles estejam cada vez mais sobrecarregados.
O caso do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é um dos mais críticos. Hoje, já se discute a possibilidade de dividir vôos menos procurados ou para regiões mais distantes do País ou para o aeroporto de Guarulhos, o que desafogaria um pouco seu tráfego. No entanto, esta única medida não resolve o problema. "O aeroporto de Congonhas é um exemplo de como os principais aeroportos do País sofrem com déficit de infra-estrutura", revela presidente da Abetar (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional) Apostole Lack Chryssafidis. O problema toma proporções ainda maiores quando ele revela que nenhum dos aeroportos brasileiros, hoje, atende a real necessidade nacional. "Estamos muito atrasados em relação ao nosso crescimento e, também, em relação a outros países, mesmo os que não fazem parte da elite. Para se ter uma idéia, qualquer cidade da Malásia com 500 mil habitantes tem um aeroporto com o dobro do tamanho e da infra-estrutura do aeroporto de Congonhas, o mais relevante do nosso sistema aeroportuário", compara.
Para o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) Hildebrando Hoffmann, os problemas aeroportuários passam pela questão da segurança, más condições da pista, falta de infra-estrutura para atender passageiros em espera no salão de embarque, bem como, pelo atendimento entre o embarque e o desembarque. Embora pareça falta de planejamento, o que o professor defende e que vai de acordo com o discurso do presidente da Abetar, é que o planejamento não acompanha a demanda do crescimento do setor. "Não é que o planejamento não exista, mas ele deveria ser muito superior ao que já vem sendo feito. Além disso, há casos em que ele prioriza áreas que não são, de fato, prioridades", considera.
Quem não ficou estupefato com as imagens dos passageiros à espera de seus vôos dormindo no chão, enconstados nas paredes, ou sob as malas no saguão dos aeroportos? "É claro que não estamos falando na construção de dormitórios, mas é preciso pensar no conforto dos passageiros", defende Hoffmann. Para ele, as salas de espera deveriam ser mais amplas e confortáveis, uma vez que o passageiro irá passar um certo tempo ali no aeroporto. O que a gente vê, hoje, é uma supervalorização das áreas das lojas em detrimento das áreas de espera e de embarque e desembarque de passageiros. Isso é um equívoco," reclama.
Entre os especialistas em infra-estrutura aeroportuária não é novidade dizer que os aeroportos estão cada vez mais sofisticados para atender o consumo. As lojas se sobrepõem às seções de serviço ao passageiro. "Os aeroportos vêm sendo construídos para ser shopping centers. Definitivamente há um erro de estratégia", dispara o presidente da Abetar. E por que isso acontece? Para o professor da PUCRS, cada vez mais a lei do cifrão se sobrepõe à necessidade da população. "É mais vantajoso construir espaços que irão render aluguel do que investir em áreas que requerem manutenção. Mais uma vez em nosso País, o benefício é encarado como custo", lamenta Hoffman.
O aperto nos pátios também é outro problema crônico dos aeroportos brasileiros. Especialistas dizem que as pistas não são adequadas para o grande volume de aviões, e isso tem um grande impacto na economia. "Uma empresa de grande porte se vê obrigada a ter aviões menores, ou outros meios de transporte para completar a carga que fica no avião grande pousado no pátio", revela. O presidente da Abetar complementa: "é muito comum que os ônibus que levam os passageiros para os aviões estacionados nos pátios demorem a chegar, além de mudanças nos portões de embarque de última hora, por exemplo. Fora isso, com a concentração do setor em duas grandes empresas (TAM e Gol), que detêm mais de 80% do mercado, as empresas menores ficam limitadas a espaços menores dos aeroportos, mas não se pode bloquear o acesso das pequenas empresas à infra-estrutura existente", diz Chryssafidis.
Um outro problema no Brasil, desta vez, de ordem cultural, é a falta de segurança nos aeroportos. O professor da PUCRS denuncia que é muito comum parentes ou amigos dos funcionários terem acesso às áreas restritras do aeroporto. "De novo, internacionalmente isso é um muito ruim para a imagem do País. Então quer dizer que qualquer um pode entrar em um avião com um pacote ilícito? Como ter controle disso?", questiona. Para especialistas, cada vez mais a segurança é uma questão levada a sério por países estrangeiros. Sendo assim, o Brasil deveria investir em uma mudança cultural para atender aos padrões internacionais e garantir a segurança que se deve.
Em relação a outros países, os aeroportos brasileiros se mostram atrasados em mais um quesito: atuação em condições meteorológicas adversas. Segundo Hoffmann, nosso país não tem aeroportos com capacidade de atender em condições dois ou três, ou seja, com nevoeiro e condições automáticas de pouso e decolagem, respectivamente. Vale lembrar que isso tudo representa prejuízo econômico para o País, uma vez que significa mais gasto com querosene e custo com a tripulação, etc, enquanto o avião estiver no ar. "Hoje, em casos de nevoeiro, os aviões têm que ficar dando voltar no ar até conseguir autorização para pousar ou ser desviado para um aeroporto próximo com condições climáticas favoráveis. No exterior, isso não é mais uma realidade", diz. Além disso, não existem aeroportos no País que permitam pousos e decolagens automáticas em condições adversas. "Dada a importância do tráfego nos aeroportos de Minas, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, é extremamente obsoleto não termos tal recurso", encerra.

AEROPORTOS DO BRASIL EM ORDEM ALFABETICA





Acre

Infraero
Municipais


Alagoas

Infraero
Municipais


Amapá

Infraero
Municipais


Amazonas

Infraero
Municipais


Bahia

Infraero
Municipais


Ceará

Infraero
Municipais


Distrito Federal

Infraero


Espírito Santo

Infraero
Municipais


Goiás

Infraero
Municipais


Maranhão

Infraero
AEB
Municipais


Mato Grosso

Infraero
Municipais


Mato Grosso do Sul

Infraero
Municipais


Minas Gerais

Infraero
Municipais


Paraíba

Infraero
Municipais


Pará

Infraero
Municipais


Paraná

Infraero
Municipais


Pernambuco

Infraero
Municipais


Piauí

Infraero
Municipais


Rio de Janeiro

Municipais


Rio Grande do Norte

Infraero
Municipais


Rio Grande do Sul

Infraero
Municipais


Rondônia

Infraero
Municipais


Roraima

Infraero
Municipais


Santa Catarina

Infraero
Municipais


São Paulo

Infraero
DAESP


Sergipe

Infraero
Municipais


Tocantins

Infraero
Municipais